Os perigos da Hipnose
O estado de hipnose é um estado natural do nosso próprio cérebro.
Todos, já experimentámos estados de hipnose durante a vida... um deles é por exemplo o estar apaixonado. Nesse estado toda a nossa percepção fica alterada, vemos aquilo que mais ninguém vê e muitas vezes não vemos o evidente; Acreditamos que tudo é possível através daquele amor e que os problemas não são maiores que as soluções! A vida é bela no geral, sentimo-nos entusiasmados, esperançosos e felizes! Isto é um estado de hipnose... um estado em que estamos mais perto das nossas sensações mais chegados ao nosso interior e mais longe do ruído exterior... isto é um estado de hipnose.
Então, a hipnose não é perigosa e não tem contra-indicações para um cérebro dito "normal". Existe no entanto algumas precauções na utilização da hipnose, nomeadamente como ferramenta terapêutica em pacientes que sofrem de algumas doenças do fórum neurológico / psiquiátrico, nomeadamente, Esquizofrenia, Doença Bipolar, Psicoses, Neuroses, Depressão com risco de suicídio e Transtorno Dissociativo de Identidade É também necessário ter muita precaução na utilização da hipnose em pacientes alcoólicos e/ou toxicodependentes. Apesar de não existirem evidências cientificas de efeitos nefastos nestes pacientes, a evidência clínica evoca que em qualquer um dos estados acima descritos, o paciente já se encontra demasiado mergulhado no seu estado interior, vivendo uma realidade aleatória dentro de si próprio e que o sentido da terapia deve levar o paciente a envolver-se gradualmente na realidade exterior à sua mente. Assim ao praticar hipnose estes pacientes vão mergulhar ainda mais fundo na sua realidade interior que se encontra desequilibrada e distorcida, podendo piorar o estado do paciente.
Assim, o meu conselho para aqueles que sofrem de alguma das doenças acima mencionadas ou que desconfiam que podem sofrer, devem recorrer sempre em primeira instância a um médico psiquiatra. Se de fato considerarem a hipnoterapia como ferramenta terapêutica esta deve ser praticada pelo próprio psiquiatra.